Instituto Pensar - Grupo parlamentar pede que EUA retire sanções contra Cuba

Grupo parlamentar pede que EUA retire sanções contra Cuba

por: Mariane Del Rei 


Grupo parlamentar Brasil-Cuba. Foto: PSB na Câmara

O grupo parlamentar Brasil-Cuba, presidido pela deputada Lídice da Mata (PSB-BA), promoveu encontro com o embaixador de Cuba no Brasil, Adolfo Curbelo, para tratar da exclusão do país da Cúpula das Américas, iniciada nesta quarta-feira (8) em Los Angeles, nos Estados Unidos (EUA). Na ocasião, o grupo emitiu uma nota pedindo ao presidente dos EUA, Joe Biden, a imediata eliminação das sanções que afetam o povo cubano.

A Cúpula das Américas acontece periodicamente para discutir problemas comuns, buscar soluções e desenvolver uma visão compartilhada para o desenvolvimento da região. Cuba chegou a participar de dois encontros, durante o mandato do ex-presidente dos EUA Barack Obama.

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Na nota, o grupo ratifica os laços de amizade que unem os povos do Brasil e Cuba. "Frente às dificuldades econômicas que atravessa o povo cubano, é urgente que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revogue as 243 medidas aplicadas pela administração do ex-presidente Donald Trump. Elas fortalecem as sanções contra Cuba e agravam a complexa situação derivada da pandemia e da crise econômica internacional?, reforçam.

De acordo com o grupo, as sanções do governo dos EUA contra o povo de Cuba duram mais de 60 anos e afetam os mais vulneráveis, além de provocar problemas humanitários à população em geral e limitam o desenvolvimento do país. "Ressaltamos que a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) votou de forma persistente por 29 anos contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro e exigiu que se coloque um fim a essas medidas coercitivas unilaterais que contradizem a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional.?

EUA sofre boicotes em Cúpula das Américas

A IX Cúpula das Américas tem início nesta segunda-feira (6), em Los Angeles, Estados Unidos. Porém, o anfitrião sofreu boicotes por ter decidido excluir Cuba, Nicarágua e Venezuela, sob alegação de não serem nações democráticas. O que fez com que o presidente do México, Andrés Lopez Obrador decidisse não participar.

O intuito é reunir cerca de 30 lideranças da América para discutir imigração, competição com a China, comércio e reforço em negócios nos países mais próximos, além de respostas à pandemia da covid-19 e a recuperação econômica do bloco, o "nearshoring?.

Assim como Argentina, Brasil também terá reuniões bilaterais com os EUA.

Caribe, que tem 15 países, além de Bolívia, Honduras e Guatemala não confirmaram presença.
A reunião multilateral corre o risco de novamente não propor iniciativas concretas, como a última edição, realizada em 2018, em que o então presidente dos EUA, Donald Trump, sequer apareceu.

De acordo com o RFI, há expectativa de que o governo americano lance iniciativas voltadas para viabilizar o "nearshoring?, operações e fornecedores e que cumpra as promessas que fez para a América Latina, com anúncios de investimentos em infraestrutura e energias sustentáveis.

Com informações do PSB na Câmara




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